sábado, 7 de janeiro de 2012

Ricos e Pobres


Vi uma campanha no Facebook para tirar do ar o programa “Mulheres Ricas”.
Os comentários eram que o programa é absurdo, ridículo, que mostra a diferença social e econômica no nosso país, e bla, bla, bla, bla.
Pois é.
Mas pensem bem, se formos tirar do ar todos os programas que nos afrontam...Ai! Será que sobraria algum? Porque graças a Deus, as pessoas têm opiniões diferentes.
Já dizia Nelson Rodrigues que “a unanimidade é burra!”
Pior do que as dondocas esbanjando dinheiro, que é delas, são as pessoas que esbanjam o dinheiro público, que é nosso!
É fácil criticar o programa, que eu por sinal nunca assisti, mas posso imaginar, pois deve ser uma cópia descarada de algum programa americano, como sempre.
Fez sucesso lá, faz sucesso aqui e no mundo todo.
Se não houvesse audiência, o programa não estaria no ar.
Probleminha muito fácil de ser resolvido: mude de canal. Temos “trocentos” canais para assistir, então é só uma questão de escolha.
Quanto às críticas de que elas gastam muito ao invés de fazer doações ou caridade... Epa! Será que todo mundo que está criticando faz algum tipo de caridade?
Quando foi a última vez que você fez algo por alguém sem esperar nadica de nada em troca?
Humm! Você está olhando para cima para tentar lembrar?
Isso não deveria ser uma coisa difícil de lembrar.
De novo...Pois é.
Criticar quem tem dinheiro é puro cinismo e invejinha daquelas que deixa a gente até verde!
Se o dinheiro é resultado de trabalho honesto, por que quem tem deve ficar se explicando?
E se o dinheiro vem da bandidagem, o problema é do bandido e como ele gasta é problema dele também. Podem ficar tranqüilos que ele não deve ter problema algum para dormir, enquanto você fica aí todo revoltado.
O que quero dizer é que as pessoas parecem achar errado quem é muito rico. Mas é claro que lá no fundo (e nem tão no fundo assim), todo mundo gostaria é de ser podre de rico.
Aí vem aquela conversa mole:
“Ah! Se eu tivesse muito dinheiro eu ajudaria um monte de gente!”
Que eu saiba, Betinho, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce e outros aí, não tinham dinheiro algum e ajudaram um montão de gente.
Então a questão é: o que eu posso fazer pelo próximo com o que eu disponho hoje? De quanto eu estou disposto a dispor para confortar um pouco alguém em necessidade?
E vamos parar com essa mania de apontar os ricos como se todos eles fossem réus e declarados culpados antes de poderem provar sua inocência.
Existem ricos e ricos, assim como existem pobres e pobres.
E voltando ao assunto do programa de televisão, se está tão ruim assim podemos fazer como na China: o governo eliminou vários canais de televisão para que os cidadãos não percam sua identidade assistindo programas ocidentais que não refletem a verdadeira essência do povo chinês. Ta no jornal!
Eu prefiro só mudar de canal.
Júlia Bellini