domingo, 2 de junho de 2013

Amigos desde sempre



Existem pessoas que pensam não ter muitos amigos. Ledo engano.
Se pararmos para analisar nossas vidas, vemos que ao longo dela as pessoas vêm e vão o tempo todo.
Existem aqueles amigos que permanecem próximos para sempre, mas a maioria das pessoas é importante por causa dos momentos em que fizeram parte da nossa existência.
Olhando para trás com cuidado, percebo que em cada fase da minha vida havia uma pessoa ou um grupo de pessoas especiais que me acompanharam.  Amigos que riram, brincaram, dançaram, trabalharam, sofreram junto comigo.
E estas pessoas não perdem a importância só porque estão hoje distantes.
Basta um telefonema, um post no FB, um email e lá está o carinho novamente.
Mas nada, eu digo nadinha mesmo, substitui um abraço carinhoso, um olhar de contentamento pelo reencontro.
Posso dar testemunho disso porque tenho reencontrado pessoas que não via há muito tempo. Pessoas que foram de crucial importância no meu crescimento como gente, como indivíduo. Minha personalidade é constantemente transformada por estas gentes que guardam em seus imensos corações lembranças de mim que as fazem sorrir e de quem guardo lembranças e lições poderosas de vida.
Este é o melhor presente de todos: rever amigos que há séculos não víamos e perceber que o riso corre solto, que todos têm uma história para contar que trazem à tona a felicidade de ter vivido junto uma história repleta de fatos que só contribuem para o nosso crescimento.
Como é maravilhoso você sentir que fez diferença na vida de alguém e reconhecer como estas pessoas fazem diferença na nossa vida!
Não falo sobre favores ou coisas materiais! Falo sobre companheirismo, sobre o cantinho no coração de cada um onde há espaço para todos para sempre, mesmo estando longe, mesmo não tendo notícias há anos.
Amigos de coração são assim. Podemos passar uma vida sem tê-los por perto fisicamente, mas a cada reencontro é como se eles estivessem sempre lá porque sempre nos trazem somente felicidade.
Sinto-me abençoada pela quantidade enorme de pessoas que engrandecem minha vida quando compartilhamos momentos assim.
Quanto a distância e o tempo...bem...já dizia Richard Bach: “Longe é um lugar que não existe!”
(Júlia Bellini)


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Imaginação




Só eu sinto saudade de coisas que só aconteceram em minha imaginação?
Sinto saudade de lugares em que nunca estive, de pessoas que não conheci, de sabores que nunca provei, de amores que nunca tive.
Mesmo em situações onde há dezenas de pessoas a minha volta, eu sempre consigo escapar do marasmo e fugir para um lugar especial, cheio de aventuras, onde os meus desejos se realizam e eu construo minhas histórias à minha maneira.
Desde criança eu vivo em castelos lindos, caminho por praias espetaculares, visito lugares exóticos, presencio grandes acontecimentos e encontro pessoas extraordinariamente diferentes.
Quando eu acho que já imaginei tudo que é possível, basta eu fechar os olhos e lá está novamente o inimaginável.
Eu consigo sentir os cheiros, a textura das coisas, os sabores. Consigo sentir o vento, a chuva e o sol.
E é uma nova vida a cada vez que eu sonho. Uma nova aventura.
Eu posso ser o que desejar, em qualquer lugar e fazer parte das histórias que eu bem entender.
Não há limites para meus sonhos, para desejar. É um sem fim de sensações: alegria, medo, ansiedade, raiva, vingança, amor, paz, tristeza, bondade, dor. Há vida plena.
Minha imaginação poderosa sempre foi minha companheira e hoje, as vezes, sinto saudade de sonhar sem limites.
Mas parece que na medida em que vou amadurecendo os sonhos vão se transformando. Não mais a necessidade de viver algo quase que insuportavelmente imenso e com doses gigantescas de emoções incontroláveis.
As coisas simples e verdadeiras começam a me agradar.
A sensação de estar protegida por uma dose exata de realidade me envolve cada vez mais.
O hoje tem se apresentado sempre melhor que o ontem, e o amanhã aparenta reservar coisas palpáveis e atingíveis.
As vezes me sinto um pouco culpada por sentir prazer na simplicidade. Mas ela me convence a cada dia que muita imaginação me faz escapar entre os dedos as surpresas do dia a dia. Muita imaginação não me permite usufruir do lado bom da realidade, que é realizar.
O sonho deixa um rastro de possibilidades infinitas.
O real deixa um sabor doce de coisa pronta e construída.
Tenho compreendido que o extraordinário talvez seja levar uma vida comum com alegria.
Mas ainda há espaço para aventuras sem fim.
Presumo que eu esteja apenas começando aprender a sonhar.
(Júlia Bellini)





segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A Ponte



Quando entrei no Centro Cultural do Banco do Brasil em São Paulo, parecia que eu estava entrando em um filme.
Primeiro, o local é simplesmente maravilhoso, por dentro e por fora. Nem parece que a gente está no centro velho de SP, onde todos os lugares são imundos e cheiram a urina e onde a miséria está por todos os lados.
Aquele lugar, assim como o Teatro Municipal e todos aqueles prédios maravilhosamente antigos, parecem dar vida àquele Centro Velho, fazendo parecer que você está entrando num mundo diferente, principalmente aos domingos, quando a cidade está vazia e tranquila.
O CCBB é um espetáculo a parte. Primeiro, porque ali existem dezenas de portas, saídas, escadas, câmaras por onde você tem que passar para chegar a cada ala da Exposição. Parece um labirinto, e a gente perde a noção de longe, perto, alto, baixo. Mas quando você transpõe a primeira etapa e uma portinhola que parece que vai dar no nada leva você a um magnífico quadro de James Tissot, “The Ball”... Uau! 
Eu voltei no tempo aos teatros franceses do século 19, onde a alegria, o canto e a luxúria tomavam conta do ambiente.
Parecia até que eu estava no Molin Rouge, vendo aquela gente, os homens muito bem vestidos usando cartola e as mulheres....Ah! As mulheres! Quanta feminilidade, como eram sensuais e como brilhavam aos olhos do artista!
Aquele mulher no vestido amarelo me paralisou. Parecia que eu estava lá, de tantos ricos detalhes naquela pintura única. Era só o primeiro quadro.
Acho que o impacto é tão forte que as dezenas de pessoas que circulam por ali falam em tom respeitosamente baixo, sussurrando, como se falar alto de certo modo acordaria aquelas personagens dos quadros e a magia se desfizesse como por encanto.
Um Degas aqui, um Renoir ali, outro Van Gogh acolá, um Cezzane a mais... e finalmente... “A Ponte”, de Monet.
Quando eu entrei naquela parte da Exposição, a galeria fazia uma curva estreita para a direita e havia quadros maravilhosos de Monet. De longe eu vi o meu preferido. 
Fiquei ali observando cuidadosamente os outros quadros, mas meu coração até batia mais forte na expectativa por aquele momento, e ainda assim demorei o máximo que pude para chegar até ele. Eu estava com a respiração suspensa quando finalmente fiquei "há três passos do paraíso!" Do meu paraíso.
E suspirei. Nunca em minha vida, achei que um dia teria a oportunidade de ver este quadro assim, de pertinho, nos mínimos detalhes e pelo tempo que eu quisesse. Eu queria que o tempo parasse ali, só para eu poder ficar uma pequena eternidade admirando aquelas cores e aquelas luzes.
Fiquei parada ali embabascada e não vi mais nada e mais ninguém. Somente aquele jardim maravilhoso e eu.
Foi o céu!
E o céu é isso. Uma pequena felicidade que transborda de você e paralisa o tempo. Um suspiro, um frio na barriga por aquele momento ser somente seu, não importando quantas pessoas estão ao seu redor.
Fiquei olhando fixamente para aquela pintura maravilhosa tentando decorar cada pedacinho dela. Cada cor, cada tom, cada luz.
Perdi até a noção do tempo.
E quando me despedi daquela obra prima, eu levei comigo toda a magia que ela me proporcionou... para sempre.
(Júlia Bellini) 

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Para sempre


Eu hoje sonhei com você.
Um sonho doce e gentil.
Engraçado como o tempo passa mas você continua comigo em minha lembrança.
Parece que com os anos os sonhos ficam mais nítidos, mais reais e mais singelos.
Você me encontra, me abraça e me passa aquela sensação inesquecível de proteção e conforto.
Seu olhar é o mesmo de antes: verdadeiro, cúmplice e carinhoso.
No sonho, eu sinto cada momento de uma maneira tão real, que quando acordo e abro os olhos, ainda posso sentir sua presença.
Aí, eu fecho os olhos novamente e tento prolongar essa sensação.
E quando desperto totalmente, sinto meu coração se apertar por saber que estamos tão longe, que a vida tem seguido e que a distância entre nós é quase infinita.
E as mesmas lembranças voltam fortemente:
Uma cortina esvoaçando com o vento numa tarde quente de verão. A TV ligada bem baixinho, o zunido dos carros velozes de uma corrida de Fórmula 1, e você e eu.
Uma noite em Paraty, um céu repleto de estrelas, as luzes da cidade ao longe, você e eu.
Uma manhã preguiçosa, lençóis espalhados, você e eu.
Uma estrada no campo, uma garoa caindo, você e eu.
É isso que o tempo faz? Ficam somente as boas lembranças?
Ou será que as boas lembranças só servem para disfarçar o erro?!
De qualquer forma, com erros ou acertos, com doces lembranças ou amargas recordações, é tarde demais para esquecer de nós.
 (Juli)

sábado, 12 de maio de 2012

Mãe

Minha mãe teve seis filhos, ficou viúva aos quarenta e poucos anos, ajudou a criar dois de seus netos e nunca disse que isso foi um sacrifício para ela. 
Sempre disse que teve tantos filhos quanto quis e tenho certeza que ela tem a consciência tranquila de que fez o melhor que pôde. 
Minha mãe nunca foi de dizer "eu te amo" (acho que isso a gente aprendeu nas novelas e filmes), mas sempre foi capaz de demonstrar seu carinho por nós fazendo comidinhas maravilhosas e cuidando de nós. 
Enquanto a maioria das mulheres só ficavam em casa cuidando do marido e dos filhos, minha mãe também cuidava do marido, dos filhos e ainda dirigia um caminhão aos fins de semana, trazendo para a cidade, os empregados da fazenda para fazerem compras na "venda". 
Ela dava aulas em uma escola perto de casa. Era uma professora à moda antiga, daquelas que os alunos temiam e respeitavam e que as mães faziam fila no dia da matrícula para poderem tê-la como professora de seus filhos.
Ela era rigorosa quando éramos crianças e sim, levei uns beliscões e umas palmadas muitas vezes quando aprontava. 
Minha mãe sempre fez as coisas das quais gostava: pintura, bordado, artesanato e não abria mão disso.
Depois que meu pai se foi, ela nos deixou cuidar de nossas vidas à nossa maneira e nunca se intrometeu em nossas decisões. 
Vai ver foi por isso que eu e meus irmãos moramos com ela até nos casarmos, e alguns até mesmo depois de casados. 
Minha mãe nunca demonstrou pesar por deixarmos o "ninho". Todos fizemos esta transição sem traumas, sem culpa e com o apoio dela em todas as nossas transformações.
Não vejo minha mãe como uma guerreira, uma heroína. Vejo minha mãe como uma mulher que simplesmente aceitou a vida como ela é, sem muita complicação. 
Hoje ela mal se lembra de nós. O Alzheimer fez com que nos equecesse e que se esquecesse dela própria. 
Mas nos lampejos de lucidez que tem, reconheço num olhar, num jesto, num meio sorriso, a mulher que viveu bem e que fez uma limonada danada de boa dos limões que a vida lhe deu.
Parabéns pelo seu dia, Martha!!!!
(Júlia Bellini)

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Olhar


Uma pessoa se transforma com o passar do tempo, mas o olhar permanece.
Olhar de saudade, olhar de alegria, olhar de desejo, qualquer olhar fica.
Em cada olhar, uma lembrança. Um sorriso ou uma lágrima.
Nunca é estranho esse olhar, por mais que me ausente dele.
Sempre íntimo aquele olhar, pois já esteve comigo.
Olhar generoso, porque não reconhece os sinais do tempo.
Olhar desconfiado, porque reconhece a verdade.
Sempre presente este olhar, porque é protetor.
Este olhar da alma viaja por mares da minha vida.
É onipresente este olhar.
Um olhar amigo que perdoa sempre.
Um olhar sincero, porque não disfarça a verdade.
Felicidade é ter um olhar só para si.
Único, exclusivo e atemporal.
Um olhar que permaneça, que não vagueie.
Aquele olhar sem medo de transparência,
Aquele olhar inesquecível,
Aquele olhar que é guardado para sempre.
(Júlia Bellini)

terça-feira, 13 de março de 2012

Vício maledeto!


Então vamos falar sobre vícios.
Eu estava observando uma coisa hoje no Shopping, enquanto aguardava meu almoço ficar pronto.
Antigamente, quando as pessoas não tinham o que fazer, ou estavam meio que desconfortáveis por estarem sozinhas em lugar público, ou porque estavam impacientes, elas tiravam um maço de cigarros do bolso ou da bolsa e fumavam sem a menor cerimônia, em qualquer lugar, não levando em consideração se a fumaça que exalavam incomodava outras pessoas.
E aí o fumante se sentia seguro...já tinha como usar as mãos e conseguia passar uma pretensa fisionomia de tédio, como se ele fosse melhor que todos que estavam no ambiente, como se estivesse realmente seguro e confortável.
Hoje, os fumantes não têm mais essa regalia. Foram expulsos dos lugares públicos e estão para ser expulsos até dos lugares ao ar livre.
O paraíso dos fumantes hoje é a Europa e a Ásia, onde o cigarro ainda é tolerado e os fumantes passivos se conformam com a névoa provocada pela fumaça dos cigarros de fumantes inveterados com cara de pastel.
Só um detalhe: eu posso falar assim porque fui fumante por mais de 30 anos e até hoje sinto falta da segurança que o cigarro proporcionava.
Mas o que reparei é que o vício só mudou.
Agora temos os celulares no lugar do cigarro.
Aí você vai me dizer, mas o celular não incomoda e não atrapalha as outras pessoas.
Não??? Pense outra vez!
Existe coisa mais insuportável do que quando você está conversando alguma coisa séria com alguém, e o bendito celular do seu amigo toca e ele pede licença (de vez em quando, na maior parte das vezes, ele simplesmente interrompe a conversa), e atende a chamada, deixando você no meio da frase, do desabafo, com aquele frio na barriga, esperando por um minuto de atenção?
Quer ver coisa mais desagradável do que você estar num ônibus ou em qualquer outro tipo de transporte público, e o celular de alguém toca e a pessoa atende gritando, porque o outro do outro lado não consegue ouvir? E todos em volta deste indivíduo são obrigados a compartilhar da conversa alheia mesmo sem ter o menor interesse no que está acontecendo?
E quando você está no telefone fixo com alguém, conversando numa boa e aí o celular do outro toca e ele interrompe a conversa e diz para você assim: “Olha, meu celular está chamando, eu te ligo já, já, ta!” !!!!!!! É ou não é irritante??!!!
E aí, no mesmo Shopping onde antes o fumante acendia seu cigarro e ficava com aquela “cara de paisagem”, hoje as pessoas acessam internet pelo celular, enviam mensagens de texto com movimentos na velocidade da luz e parecem estar totalmente alheias ao que acontece em sua volta!
Eu pessoalmente odeio celular.
Relutei por muito tempo em ter um e mesmo assim durante anos só usei celular para receber e fazer chamadas telefônicas.
Hoje, existem tantas funções num celular que quase esqueço que sua principal função é telefonar para outras pessoas.
E se você não conhece a última novidade desta área, você está ultrapassado e é considerado um dinossauro...
Agora ninguém mais tem sossego. Onde quer que você vá, você pode ser encontrado.
A vantagem é que existem pessoas que adoram ser encontradas!
Existe coisa mais chata do que ser encontrado por aquela pessoa que você quer evitar ou por seu chefe durante suas férias? E tem gente que gosta disso. Sentem-se meio que insubstituíveis....ledo engano.
“O que?! Você não lê seus emails no seu celular? Você não fotografa com seu celular? Você não joga videogames com seu celular?!”
Há uma necessidade compulsiva de estar online, de compartilhar suas opiniões mesmo que elas não sejam solicitadas por ninguém.
E muitos usuários de celulares até parecem os fumantes de antigamente.
Sabe aquela neura de precisar ter um maço de cigarro à noite, porque vai que você perde o sono e fica sem cigarros?
Então...tem gente que leva celular até para o banheiro!!! Não desliga a bugiganga nem para dormir!!!
E naquele ambiente do Shopping, alheios a tudo e a todos, concentrados em seus brinquedinhos, eles têm a mesma cara de pastel dos antigos fumantes.
(Júlia Bellini)

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Chuva


Hoje a chuva caiu de repente, sem muito barulho.
Estava muito quente e eu estava na rua quando o aguaceiro desabou com pingos grandes e pesados.
Minha casa estava um pouco longe e eu comecei a correr no meio da rua para não me molhar.
Mas aí pensei comigo mesma: “Por que não me molhar? Está um calor danado e um banho de chuva de 20 em 20 anos pode fazer bem.”
Comecei a andar a passos lentos e em certo momento parei no meio da rua, que estava deserta, abri meus braços, fechei os olhos e deixei a chuva me molhar.
Que sensação única! Que abraço da Natureza! Que sentimento de liberdade único!
Em poucos segundos eu estava ensopada, da cabeça aos pés.
Pensei que talvez quem me visse assim parada no meio da rua, com toda aquela chuva caindo sobre mim, talvez pensaria que sou doida ou coisa assim.
Não me importei. 
O mais importante era não perder aquele momento mágico de estar comigo mesma e ser tocada pelos pingos de chuva gelados.
Abri meus olhos bem devagar, e bem devagar comecei a andar em direção a minha casa.
Sem pressa, sem me importar com o vento que batia em meu rosto. Era bom sentir as gotas de água deslizarem sob minha camiseta.
Parecia que aquele banho estava me limpando, levando minhas tristezas embora, literalmente lavando minha alma.
O céu estava carregado e os trovões me assustaram. Mas eu não desisti de curtir a chuva e continuei caminhando bem devagar.
Tentei recordar quando tinha sido a última vez que eu havia feito uma coisa tão simples como esta: tomar um banho de chuva.
Não consegui me lembrar.
Não sei quando irei ter outra oportunidade como esta, mas com certeza não vou me esquecer da maravilhosa sensação que se apossou de mim hoje.
Chegando em casa, não tive pressa em me secar. Ainda parei por alguns minutos no meu quintal e fiquei lá, saboreando a liberdade um pouco mais.
Quando finalmente comecei a sentir frio, decidi que hora de entrar.
Mais tarde, saboreei a sensação confortável de estar seca e aconchegada em minha casa.
Parece que a chuva levou as coisas que estavam no lugar errado e trouxe outras para os lugares certos.
Nada como a Natureza para trazer equilíbrio para a vida!
(Júlia Bellini)