Existem pessoas que pensam não ter muitos amigos. Ledo
engano.
Se pararmos para analisar nossas vidas, vemos que ao longo
dela as pessoas vêm e vão o tempo todo.
Existem aqueles amigos que permanecem próximos para sempre,
mas a maioria das pessoas é importante por causa dos momentos em que fizeram
parte da nossa existência.
Olhando para trás com cuidado, percebo que em cada fase da
minha vida havia uma pessoa ou um grupo de pessoas especiais que me
acompanharam. Amigos que riram,
brincaram, dançaram, trabalharam, sofreram junto comigo.
E estas pessoas não perdem a importância só porque estão
hoje distantes.
Basta um telefonema, um post no FB, um email e lá está o
carinho novamente.
Mas nada, eu digo nadinha mesmo, substitui um abraço
carinhoso, um olhar de contentamento pelo reencontro.
Posso dar testemunho disso porque tenho reencontrado pessoas
que não via há muito tempo. Pessoas que foram de crucial importância no meu
crescimento como gente, como indivíduo. Minha personalidade é constantemente
transformada por estas gentes que guardam em seus imensos corações lembranças
de mim que as fazem sorrir e de quem guardo lembranças e lições poderosas de vida.
Este é o melhor presente de todos: rever amigos que há
séculos não víamos e perceber que o riso corre solto, que todos têm uma
história para contar que trazem à tona a felicidade de ter vivido junto uma
história repleta de fatos que só contribuem para o nosso crescimento.
Como é maravilhoso você sentir que fez diferença na vida de
alguém e reconhecer como estas pessoas fazem diferença na nossa vida!
Não falo sobre favores ou coisas materiais! Falo sobre
companheirismo, sobre o cantinho no coração de cada um onde há espaço para
todos para sempre, mesmo estando longe, mesmo não tendo notícias há anos.
Amigos de coração são assim. Podemos passar uma vida sem
tê-los por perto fisicamente, mas a cada reencontro é como se eles estivessem
sempre lá porque sempre nos trazem somente felicidade.
Sinto-me abençoada pela quantidade enorme de pessoas que
engrandecem minha vida quando compartilhamos momentos assim.
Quanto a distância e o tempo...bem...já dizia Richard Bach: “Longe
é um lugar que não existe!”
(Júlia Bellini)