sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Para sempre


Eu hoje sonhei com você.
Um sonho doce e gentil.
Engraçado como o tempo passa mas você continua comigo em minha lembrança.
Parece que com os anos os sonhos ficam mais nítidos, mais reais e mais singelos.
Você me encontra, me abraça e me passa aquela sensação inesquecível de proteção e conforto.
Seu olhar é o mesmo de antes: verdadeiro, cúmplice e carinhoso.
No sonho, eu sinto cada momento de uma maneira tão real, que quando acordo e abro os olhos, ainda posso sentir sua presença.
Aí, eu fecho os olhos novamente e tento prolongar essa sensação.
E quando desperto totalmente, sinto meu coração se apertar por saber que estamos tão longe, que a vida tem seguido e que a distância entre nós é quase infinita.
E as mesmas lembranças voltam fortemente:
Uma cortina esvoaçando com o vento numa tarde quente de verão. A TV ligada bem baixinho, o zunido dos carros velozes de uma corrida de Fórmula 1, e você e eu.
Uma noite em Paraty, um céu repleto de estrelas, as luzes da cidade ao longe, você e eu.
Uma manhã preguiçosa, lençóis espalhados, você e eu.
Uma estrada no campo, uma garoa caindo, você e eu.
É isso que o tempo faz? Ficam somente as boas lembranças?
Ou será que as boas lembranças só servem para disfarçar o erro?!
De qualquer forma, com erros ou acertos, com doces lembranças ou amargas recordações, é tarde demais para esquecer de nós.
 (Juli)